O som do Kontronatura é focado em batidas percussivas, hipnóticas e aceleradas como Baile Funk, Kuduro, Bubbling, Dembow, Tribal Bass, Techno e Trance. Sua pesquisa sonora costura passado e futuro ao conectar ritmos afrodiaspóricos com sons disruptivos da América Latina, desafiando narrativas lineares e invocando estados de transe através do ritmo.
Residente de uma das maiores festas underground LGBTQ+ do Brasil (MAMBA NEGRA), Kontronatura viajou pelo Brasil, América Latina e Europa, apresentando seu som em eventos como Goptun Festival, Novo Affair, Batekoo, ODD + Bassiani, Herrensauna, Tresor, RSO, Fusion Festival, Malajunta, International Chrome, Post Bar, Kosmos Festival, Universo Parallelo, Hiedrah, Desculonización e Metarave.

Além disso, suas mixagens foram transmitidas em várias plataformas de destaque, como Boiler Room, Rinse France, NTS e
outras, — sendo três vezes selecionado pelo Resident Advisor como “Mix of the Day” em 2021, 2022 e novamente em 2025 com um B2B intenso ao lado de Nick León no Carnaval do Novo Affair, escolhido como “Best Music” de março. Em 2023, lançou seu EP debut ORÍ pelo selo MAMBAREC — uma declaração sonora de um quilombo pessoal. Entre faixas como “IKU” e “BIYI”, constrói uma paisagem sonora acelerada e cortante, pulsando com o espírito do gueto. ORÍ evoca ancestralidade,
exílio e renascimento através de uma lente clubber intransigente. Em 2025, prepara o lançamento de mais dois EPs no segundo semestre do ano. No mesmo ano, iniciou residências nas rádios Oroko (Accra, Gana — trimestral) e Veneno (São Paulo, Brasil — mensal).

Enquanto artista transmasculino, Achille (Kontronatura) entende que seu corpo é ação política frente à falta de representatividade na cena, onde corpos trans têm pouco ou nenhum acesso. Reivindica sua existência como matéria-prima para se posicionar como artista, sendo uma voz da comunidade transmasculina na música eletrônica. Através de seu trabalho, fortalece sua comunidade, abrindo caminhos — participa ativamente da Marcha do Orgulho Transmasculino em São Paulo e desenvolve um projeto que oferece formação gratuita em discotecagem para homens trans, transmasculines e pessoas não-binárias.