A força criativa que Vermelho irradia se espalha pela vida noturna de inúmeras formas ao transformar cada rincão num lugar para se materializar: seja como DJ cujos sets são odes à pista, como produtor de faixas que são odisseias de sons ou como criador de um multiverso artístico como a ODD, um núcleo que reconfigurou a realidade expressiva de sua cidade e a tornou ponto focal de uma sonoridade eclética e arrojada não apenas no Brasil, mas em todo continente.
Ela pulsa por iniciativas que lhe conquistaram destaque em frentes tão distintas quanto a Bienal da Havana e o Paço das Artes da USP, ou mesmo fontes globais de qualidade musical como Sonar Kollektiv, The Magic Movement e Bastard Jazz. Também se manifestando por meio de projetos individuais e colaborativos, audiovisuais e conceituais, locais e globais, que incluem o performático Vermelho Wonder, o sofisticado Sphynx, o inebriante Video-Sistema e suas próprias plataformas curatoriais.
Essa energia também vibra em muitas frequências, recobrindo um amplo espectro de possibilidades que vai de locais consagrados como Berghain/PanoramaBar, passando pelas pistas de recantos hedonistas até chegarem àquelas colossais que festivais como Dekmantel, DGTL e Contre-Temps congregam. Um alcance tonal como este é o que faz de um talento multifário como o de Vermelho traduzir-se tão precisamente na cor que o nomeia, aquecendo corações, energizando corpos e iluminando horizontes.